Em edição enriquecida com fotos de German Lorca (capa) e Otto Stupakoff (miolo), a Cosac Naify publica Dener – o luxo, um dos raros documentos da época de ouro da moda brasileira, narrado por um dos seus personagens centrais: Dener Pamplona de Abreu. Quando Dener – o luxo chegou às livrarias em maio de 1972, a reação da crítica foi inversamente proporcional a do público. Em oposição à corrida dos fãs para garantir, por 12 cruzeiros, um exemplar – a primeira edição se esgotou em três dias –, críticos se apressaram em desclassificá-lo como “livrinho”, acusaram o primeiro estilista brasileiro de não “revelar acontecimentos mais íntimos e menos fúteis – pouco esclarecendo sobre o Dener real, hoje tão popular em sua ascensão de menino pobre para as manchetes do jornal e da TV brasileiros”. Por fim, reclamaram do “pouco luxo de uma edição plebéia e graficamente um lixo” – numa apropriação do bordão “é um luxo/é um lixo” criado por Dener no papel de jurado de um programa de calouros.
