\"Acreditamos em um mundo melhor e colaborativo onde somos um e juntos podemos mudar a situação de vida de muita gente\". Com esse slogan, o idealizador do projeto, Alexandre Pires, propôs percorrer os 294 km (a pé e de skate) do caminho oficial de São Francisco de Assis, na Itália, para motivar pessoas e empresas a se unirem à causa 18.04, O caminho - \"crowdfunding do bem\" para auxiliar a Casa de Acolhimento - FASC em Porto Alegre, em parceria com o CPCA - Centro de Promoção da Criança e do Adolescente São Francisco de Assis, que atende a mais de 60 crianças em estado de vulnerabilidade social. Alexandre começou a questionar qual seria o legado que deixaria para o mundo e por sugestão de uma amiga, decidiu fazer algo diferente para marcar o seu aniversário de 40 anos, comemorado no dia 18 de abril - data que deu origem ao nome do projeto. Com a ideia e a disposição de unir aventura e esporte em um \"crowdfunding do bem\", bastou ampliar a rede de amigos que o \"18.04, O caminho\" rapidamente conquistou diversos apoiadores e seguidores que acompanharam Alexandre e Cezar, fotógrafo-parceiro, no trajeto percorrido de Dovadola a Assis, através de suas postagens diárias de vídeos e fotografias nas mídias sociais. No livro é possível conhecer a história de Alexandre, todo o processo do projeto, desde sua idealização até o diário de viagem que, além de bem detalhado com dicas turísticas e fotografias do trajeto, conta com diversas reflexões sobre a experiência de realizá-lo - os medos, as dificuldades, a superação física e emocional. O leitor percorre, junto com ele, página a página, a história destas 60 crianças que Alexandre carregou em seu skate durante o percurso na Itália. Para elas, como nos lembra o radialista Marcio Paz em seu prefácio, \"O tio do skate nunca será esquecido\". Neste livro, a inspiração que nos toca vem do quanto Alexandre é, em certa medida, um pouco de cada um de nós. No primeiro capítulo, quando ele se revela, é possível nos reconhecermos em pelo menos alguma parte de sua história de vida, ou nas marcas que ficam, e que às vezes nos impedem de continuar. \"Não há como curar o corpo sem curar a alma\", e é nesse momento, quando Alexandre compreende sua essência, que ele nos mostra que, às vezes, viver é olhar pra criança que fomos e, com ela, definir quem queremos ser. Para ele, isso significou realizar um antigo sonho, o de aprender a andar de skate.
