Maria Helena Fernandes
inspira-nos a enfrentar os desafios do sofrimento humano, quer se expressem
pelo corpo e suas funções, como as alimentares, por vivências do feminino, da maternidade
ou sejam, ainda, socioculturais.
Em textos em que a poesia entremeia a sutileza
teórica e uma rara atenção ao que passa despercebido na cacofonia e nos simulacros
da clínica e dos modos de vida contemporâneos, descobrimos a importância do
exercício da desconfiança e da delicadeza, que alertam o clínico
para as armadilhas do suposto saber, tão tentadoras para nosso narcisismo
ameaçado, sobretudo, no acompanhamento dos casos mais difíceis.
Embalados pela
melodia de sua prosa, suas expressões e seus conceitos, descobrimos nesta obra
o potencial transformador de uma escuta sensível e viva.
– Rubens M. Volich