Este livro descreve o que começou em 31 de outubro de 1998, Dia das Bruxas, e durou cinco meses. Nela, ele deu a volta ao mundo mais curta, mais rápida e mais difícil que poderia ser feita, circunavegando a Antártica: muitas vezes tentada, mas nunca conseguida antes. Foi conviva das estrelas, cruzou neblinas, nevascas e geleiras e desafio mares temperamentais. Não lhe faltou a companhia de uma monumental baleia cachalote nem a de ventos fortes e vagalhões que sacolejaram a casca de noz em que se abrigou, como se fosse o ventre de Deus, até num réveillon longe da mulher Marina e das filhas. De fato, como no samba de Paulinho da Viola, não foi Amyr Klink quem navegou na Antártica, mas foi o oceano que invadiu a praia de sua existência.