Em novembro do ano passado, o ex-agente secreto russo Alexander Litvinenko agonizou por três semanas após ter sido envenenado, em um restaurante londrino, com a substância radioativa polônio-210. O episódio, um dos mais obscuros casos de espionagem e assassinato ocorridos desde o fim da Guerra Fria, chocou o mundo e lançou suspeitas sobre a Rússia do presidente Vladimir Putin, de quem Litvinenko era ferrenho adversário. Suspeita-se que este livro, lançado pela primeira vez na Grã-Bretanha cinco meses após a morte do ex-agente, tenha sido a verdadeira causa de sua morte. Nele, Litvinenko afirma que a eleição de Putin foi resultado de um golpe promovido pelo FSB, o serviço secreto que substituiu o KGB soviético. Proibido na Rússia, baseado no conhecimento dos bastidores das campanhas secretas russas acumulado por Litvinenko ao longo de vinte anos, o livro mostra como as organizações que sucederam ao KGB conseguiram sobreviver depois de desvinculadas do comunismo.