Com a entrada da psicologia no setor público brasileiro, através de concursos na década de 80, abriu-se uma nova área de atuação para os psicanalistas. Inicialmente na Saúde Pública e, posteriormente em outras áreas, como na Justiça, na Segurança Pública ou Defesa Social e, mais recentemente, na Assistência Social, vimos se desenhar um novo e amplo campo de aplicação da psicanálise. A partir do princípio da associação livre, oriundo do modo de funcionamento do inconsciente, e considerando a transferência como motor da análise, descortina-se um modus operandi guiado pelos princípios psicanalíticos, que amplia sua ação para além das quatro paredes do consultório. Somado a esse novo campo de trabalho, deparamo-nos com um quadro social muito diferente daquele dos tempos de Freud. Hoje impera o individualismo, a busca sensual, o fragmentário e o efêmero, produzindo uma perda de sentido individual e coletivo, o que acentua a condição de desamparo constitutiva do humano. Com isso, novos sin